Na manhã de hoje, o Clube de História da EEM Santa Tereza, se reuniu virtualmente para debater mais uma vez a Revolta da Vacina a partir do Livro os Bestializados do historiador José Murilo de Carvalho. Participaram do momento, os professores Luis Júnior, José Evantuil e Vinicius Freire, todos da referida Escola, assim como também, os professores convidados: Nicolau Neto e João Paulo Flores, além dos professores já citados, alunos, ex-alunos, o diretor da escola, Paulo Robson e o coordenador Pedagógico Reginaldo Venâncio se fizeram presentes.
No
contexto dos debates, o Professor Reginaldo Venâncio, iniciou
falando do projeto do Clube de história, além da importância do
encontro refletindo a partir do contexto atual.
O
Professor Nicolau Neto, fez a contextualização do tema,
abordando o Rio de Janeiro da época, a crise sanitária e outras
doenças existentes como: Cólera, Peste Bubônica, Febre Amarela
além claro da Varíola. Nicolau ainda ressaltou a campanha de
embelezamento da cidade por parte do prefeito Pereira Passos,
assim como também, do caráter antipopular da lei da vacina
obrigatória, que tinha uma questão moral como uma das motivações
geradoras da Revolta.
O
Professor João Paulo Flores traçou um paralelo entre a
Revolta da Vacina e o atual contexto de Pandemia que vivemos, como a
resistência a vacina e a resistência atual à prática do
isolamento social, das ações do Governo de Rodrigues Alves
com as ações do Governo Bolsonaro, ambas sem a existência do
diálogo entre a sociedade e o governo. O professor também ressaltou
em sua fala a questão da moradia no Brasil, desde o início da
República, além disso, discutiu a relação entre individualidade x
individualismo.
O
Professor Luis Junior situou mais sua fala na revolta em si, e
abordou as causas da revolta e sua justificativa, abordou também, a
oposição dos positivistas à vacina obrigatória e
salientou como uma população na qual apenas 20% tinha direitos
políticos garantidos por lei, era muito mais participativa na luta
pelos seus direitos do que o público atual.
O
Professor José Evantuil endossou a fala dos demais, e focou
sua fala traçando um paralelo entre a revolta e a atual pandemia,
problematizando sobretudo, o oportunismo político existente em
ambas.
O
Professor Vinicius Freire, mais uma vez abordou o papel da
mídia na revolta, destacando os jornais O Paiz e O Correio
da Manhã, que faziam respectivamente a defesa e a oposição do
governo Rodrigues Alves, tratou ainda da questão do movimento
operário e das greves que ocorriam antes e/ou durante a dita
revolta, ressaltou também a divisão entre os militares, uma vez que
alguns militares apoiaram os revoltosos.
Após
a fala dos professores, o professor Paulo Robson enalteceu a
importância do Projeto do Clube de História e também, de
encontros como esses.
Ficou
acertado entre os presentes, outro encontro sem data definida para
trabalhar o tema: Democracia e Liberdade em tempos de Pandemia.
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